fbpx

O que é dojô? Saiba como esse conceito é usado em treinamentos industriais

dojô
11/08/2021

O que é dojô? Saiba como esse conceito é usado em treinamentos industriais

Você já deve ter ouvido falar na palavra dojô, mas pensa no filme “Karatê Kid”, no qual senhor Miyagi dava seus ensinamentos a Daniel San. Até que você não está tão errado, no entanto, os conceitos do tatame foram levados para os treinamentos industriais. Visto que esse ambiente estrategicamente projetado se tornou um centro de aprimoramento das habilidades humanas dos profissionais em processos específicos e críticos do chão de fábrica. Sendo assim, vamos aprender mais a respeito do assunto neste artigo que preparamos para você. Podemos começar?

O que é um dojô na indústria?

Em japonês, dojô significa “local do caminho”. Todavia, no setor de manufatura é um centro com a finalidade de uma oficina para qualificação, aclimatação e preparação dos colaboradores. Principalmente, daqueles que estão começando nas indústrias. Ali, eles são treinados usando modelos ou maquetes repetidamente até terem condições de exercerem as atividades sozinhos, sempre focando na forma mais segura de executar cada tarefa.

Também, é um lugar para testar novas ideias, compartilhar com os demais membros e promover networking. Costumeiramente, os dojôs são abertos para a troca de conhecimento de profissionais que se identificam com a empresa e vice-versa. Na maioria das vezes, trazem as metodologias ágeis para se alinhar a esse conceito com:

  • pair programming: programação em par;
  • passos de bebê: é feito uma etapa por vez para que os envolvidos possam compreender e replicar após;
  • pefactoring: refatoração de código;
  • Test Driven Development — TDD: realiza-se um teste antes de escrever a implementação de código.

Inclusive, existem regras para que aulas ou reuniões sejam produtivas. Entre elas estão uma sala espaçosa com cadeiras suficientes a todos, projetor, computador e quadro branco para detalhar as discussões. Além disso, há um problema a ser resolvido, o tempo de duração da reunião, que deve ficar em uma hora ou uma hora e meia. Dessa forma, as dificuldades serão abordadas para se encontrem as soluções. Assim, quem fará a função de organizador é chamado de Sensei.

Como esse conceito vem sendo usado em treinamentos?

Esses locais contam com instrutores experientes, que auxiliam os novatos a terem confiança e os corrigem quando necessário. Na verdade, nesse ambiente, eles reproduzem as tarefas que serão realizadas no chão de fábrica. Assim, os colaboradores se sentem seguros para ingressar no trabalho. Geralmente, os treinamentos têm duração de 10 dias.

Inclusive, depois disso, os funcionários passam por um teste de avaliação e apenas aqueles que se saíram bem vão para o trabalho efetivamente. Também, no dojô é feita a atualização de quem já opera na fábrica, para requalificar conceitos e ensinar novas tecnologias.

Ainda, aulas teóricas de manufaturas e visão da organização. Isso ajuda os funcionários a ficarem conectados com o negócio. Dessa forma, a configuração de um dojô segue os critérios abaixo:

  • identificação do processo crítico;
  • gravação de vídeos;
  • desenvolve e lista a OAT;
  • consulta o gráfico de sentido de atividade;
  • cria simulação / jogo para os treinamentos;
  • mede o nível de habilidade;
  • integra tendência de habilidade em S. Matrix;
  • requalificação.

Quais são os tipos de dojô?

O dojô pode ser de elétrica, mecânica, usinagem, segurança ou outra área, conforme a necessidade da empresa. Por exemplo, a Nissan criou um direcionado para segurança, com o objetivo dos funcionários melhorarem a performance no trabalho. Com isso, a montadora ultrapassou 600 dias sem acidentes de trabalho e afastamento.

Assim, durante os treinamentos, foi ensinado aos colaboradores regras de segurança e boas práticas. Essa cultura foi incorporada ao comportamento focando em métricas e resultados. Nesse ambiente, são simuladas situações reais, assim, quem participa do treinamento sobe escadas, treina com cintos de proteção para altura e desce por uma portinhola, tudo equipado com equipamentos de proteção individual (EPI). Há variados formatos de reuniões, como o Randori Kata, Prepared Kata e Kake Kata.

Confira cada um deles a seguir.

Randori Kata

Com um computador ligado a um projetor, a cada cinco a sete minutos, dois participantes atuam para resolver os problemas sugeridos. Assim, eles explicam os procedimentos aos expectadores. Usando o TDD, um dos participantes comanda a explanação, esse é o piloto, enquanto o copiloto aponta os erros e como podem ser aprimorados.

Na verdade, os demais aguardam a finalização ou o pedido de ajuda. Na sequência, o copiloto assume o primeiro posto e alguém da plateia entra no lugar dele. Sua finalização ocorre quando o desafio é concluído.

Prepared Kata

Diante dos parâmetros do anterior, nesse caso, os participantes resolvem o problema com TDD e baby steps. Logo, a solução é apresentada aos expectadores na reunião, desde seu início, explanando cada fase. Posteriormente, a plateia faz perguntas ou dá sugestões. Depois disso, todos os participantes do projeto estão aprovados para reproduzir as etapas e encontrar a solução.

Kake Kata

Parecido com o Randori Kata, mas aqui, são usados vários computadores e, em cada um, uma dupla soluciona um problema diferente, ou o mesmo, em linguagens distintas. Todavia, há rotações dentro da dupla e entre elas. Ao fim, o piloto torna-se copiloto em outro computador e vice-versa. Contudo, o superior da dupla terá que explicar ao novo copiloto o problema que será resolvido.

Independente do formato de dojô selecionado, em qualquer um deles é feita uma retrospectiva para levantar e avaliar os pontos positivos e negativos, e compartilhar as lições aprendidas com o grupo. Por exemplo, na Toyota não existe padrão sobre os profissionais, pois consideram a aprendizagem algo constante para toda a vida. Logo, seus ensinamentos precisam ser perpetuados aos poucos e por longo tempo. Dessa maneira, as avaliações são holísticas, considerando habilidades, vontades e confiança.

Portanto, ao criar um dojô em sua empresa, trabalhe bem o conceito para que os treinamentos sejam efetivos. Assim, os aprendizes trarão maior produtividade ao chão de fábrica. Para isso, saiba que a Nortel Suprimentos oferece todos os tipos de equipamentos para esse ambiente, desde EPIs, ferramentas, iluminação, automação a rolamentos.

Gostou? Compartilhe nas redes sociais!